quarta-feira, 27 de julho de 2011

Ética na comum - unidade.


A confusão que acontece entre as palavras Moral e Ética existem há muitos séculos. A própria etimologia destes termos gera confusão, sendo que Ética vem do grego “ethos” que significa modo de ser, e Moral tem sua origem no latim, que vem de “mores”, significando costumes.
Esta confusão pode ser resolvida com o esclarecimento dos dois temas, sendo que Moral é um conjunto de normas que regulam o comportamento do homem em sociedade, e estas normas são adquiridas pela educação, pela tradição e pelo cotidiano. Durkheim explicava Moral como a “ciência dos costumes”, sendo algo anterior a própria sociedade. A Moral tem caráter obrigatório.
Já a palavra Ética, Motta (1984) defini como um “conjunto de valores que orientam o comportamento do homem em relação aos outros homens na sociedade em que vive, garantindo, igualmente, o bem-estar social”, ou seja, Ética é a forma que o homem deve se comportar no seu meio social.
A Moral sempre existiu, pois todo ser humano possui a consciência Moral que o leva a distinguir o bem do mal no contexto em que vive. Surgindo realmente quando o homem passou a fazer parte de agrupamentos, isto é, surgiu nas sociedades primitivas, nas primeiras tribos. A Ética teria surgido com Sócrates, pois se exigi maior grau de cultura. Ela investiga e explica as normas morais, pois leva o homem a agir não só por tradição, educação ou hábito, mas principalmente por convicção e inteligência. Vásquez (1998) aponta que a Ética é teórica e reflexiva, enquanto a Moral é eminentemente prática. Uma completa a outra, havendo um inter-relacionamento entre ambas, pois na ação humana, o conhecer e o agir são indissociáveis.
Em nome da amizade, deve-se guardar silêncio diante do ato de um traidor? Em situações como esta, os indivíduos se deparam com a necessidade de organizar o seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de ser cumpridas. Tais normas são aceitas como obrigatórias, e desta forma, as pessoas compreendem que têm o dever de agir desta ou daquela maneira. Porém o comportamento é o resultado de normas já estabelecidas, não sendo, então, uma decisão natural, pois todo comportamento sofrerá um julgamento. E a diferença prática entre Moral e Ética é que esta é o juiz das morais, assim Ética é uma espécie de legislação do comportamento Moral das pessoas. Mas a função fundamental é a mesma de toda teoria: explorar, esclarecer ou investigar uma determinada realidade.
A Moral, afinal, não é somente um ato individual, pois as pessoas são, por natureza, seres sociais, assim percebe-se que a Moral também é um empreendimento social. E esses atos morais, quando realizados por livre participação da pessoa, são aceitas, voluntariamente.
Pois assim determina Vasquez (1998) ao citar Moral como um “sistema de normas, princípios e valores, segundo o qual são regulamentadas as relações mútuas entre os indivíduos ou entre estes e a comunidade, de tal maneira que estas normas, dotadas de um caráter histórico e social, sejam acatadas livres e conscientemente, por uma convicção íntima, e não de uma maneira mecânica, externa ou impessoal”.
Enfim, Ética e Moral são os maiores valores do homem livre. Ambos significam "respeitar e venerar a vida". O homem, com seu livre arbítrio, vão formando seu meio ambiente ou o destruindo, ou ele apóia a natureza e suas criaturas ou ele subjuga tudo que pode dominar, e assim ele mesmo se torna no bem ou no mal deste planeta. Deste modo, Ética e a Moral se formam numa mesma realidade.
Questionar: de onde veio? Quem a ditou? Por quê? Com que fim? A resposta dos transcendentalistas é que ela é heterônoma, isto é, veio de fora do "eu". Deus seria o autor da norma. Liga-se, assim, Filosofia e Religião. Para os cristãos, as normas éticas estão centradas nos Dez Mandamentos; a resposta dos imanentistas é que ela é autônoma, isto é, surge das tensões das circunstâncias

Segundo Sócrates, o ethos verdadeiro é agir de acordo com a razão, que se eleva acima do consenso da opinião da multidão, para atingir o nível da objetividade própria do saber demonstrativo. A autonomia, assim, não se realiza na solidão, mas se consolida pelo contato entre os seres humanos.


A reflexão sobre o ethos leva-nos à prática do amor. O verdadeiro exercício do amor longe está das proibições e interdições de que a moral propõe. É uma autodeterminação que envolve a autonomia da vontade na busca da atualização do ser. Assim, não é agir de qualquer jeito, mas de forma ordenada, generosa, que promova a pessoa e os direitos do outro, sobretudo quando esses direitos são espezinhados.
O comportamento ético não consiste exclusivamente em fazer o bem a outrem, mas em exemplificar em si mesmo o aprendizado recebido. É o exercício da paciência em todos os momentos da vida, a tolerância para com as faltas alheias, a obediência aos superiores em uma hierarquia, o silêncio ante uma ofensa recebida.
Telma Vinha, fala em uma de suas pesquisas que a pergunta da Moral é: Como devo agir?
A moral se coloca na dimensão da obrigatoriedade, do dever. A pergunta da Ética é: Que vida viver? A Ética se coloca no lugar da desejabilidade, da excelência, da felicidade.

Olhando para os valores morais
Não basta somente ter o juízo moral - condição
Necessária, é preciso querer agir de acordo com os princípios/regras. È preciso que esse conhecimento se torne valor para o sujeito.
 Valor? Dimensão afetiva - morais e não morais.
Seguir valores implica em um “querer” muito forte...
_ conflito entre os “quereres”
_ sentimento de obrigação
_ regulação dos afetos
_ sensação de “bem estar”
_Como os valores se constroem?
_Processo de desenvolvimento – “ações automatizadas” = senso moral (consciência?)
_ adultos
“Ser valor”
Superação do sentimento de inferioridade – expansão
de si (Adler)
Como eu me vejo – a construção de imagens de como eu
sou –representações de si
O que eu admiro o que eu me envergonho, o que me satisfaz,
do que sinto culpa... tudo isso formam a imagem que eu tenho de mim mesmo, ou seja, de como eu me vejo e de como eu quero ser vista
A personalidade é um conjunto de representações de si –
valores morais e não morais (princípios)
“Quero que me vejam como profissional competente” generoso, justo, vencedor, elegante, sexy, bonito.
Enfim, Ética e moral
Sentir-se mal quando não generoso e justo.
Obs. sobre a ética
Quem eu quero ser, mas quando leva o outro em consideração (no sentido de alter - constituinte de mim).
Se refere à construção do bem comum, ou seja, a felicidade -
“vida boa”- felicidade para a cidadania no exercício dos direitos e na criação de novos direitos - “felicidadania”.
Moral e ética - Somente terei restrição a minha liberdade se fizer sentido num projeto de vida, numa vida que vale a pena ser vivida.

“Culpa e vergonha, aliados a um juízo moral competente, não são frutos de construções psíquicas que nascem do vazio, mas sim do convívio numa comunidade que cultiva valores morais e
éticos, proibições, ideais e virtudes”
La Taille (2002)
REFERÊNCIA
SILVA, José Cândido da; SUNG, Jung Mo. Conversando sobre ética e sociedade. 7. ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
CAMARGO, Marculino. Fundamentos da ética geral e profissional. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1999.
VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 18. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
GUSMÃO, Paulo Dourado de. Introdução à Ciência do Direito. Rio de Janeiro: Forense, 1972.
 VENOSA, Sílvio de Salvo. Introdução ao Estudo do Direito. São Paulo: Atlas, 2004.
MOTTA, Nair de Souza. Ética e vida profissional. Rio de Janeiro: Âmbito Cultural, 1984.
VINHA, Telma 1º Simpósio do Comitê de Ética em e desenvolvimento moral Pesquisa da Universidade de Franca
Me avalio em 8.0 por toda construção que esse módulo proporcionou na minha vida. Posso dizer que realmente estou em construção, pois ainda não terminei o caminho.

Síntese Pós Jogos Cooperativos - Liderança e Gestão Colaborativa





"Os grandes líderes são como os melhores maestros - eles vão além das notas para alcançar à mágica dos músicos." (Blaine Lee - Frases de liderança).


Liderança é um assunto muito difundido no atual mundo corporativo. Para um gestor ser um bom líder – no sentido real da palavra e não somente aquela pessoa que se diz assim, por ocupar um cargo de maior destaque na empresa – não existe um modelo pronto ou estereótipo perfeito. Cada pessoa tem características e competências próprias, as quais devem estar de acordo com a organização em que se trabalha, assim como as empresas devem buscar colaboradores com perfil adequado à sua missão, o que proporciona uma relação de recíproca harmonia no ambiente organizacional.
Verdadeiros líderes promovem e estimulam seus liderados para o sucesso, oferecendo um aprendizado constante, valorizando os talentos, incentivando a realização de cursos, a participação em palestras e congressos, mesmo que estes não estejam ligados diretamente à área funcional do liderado.
Além de promover o desenvolvimento dos seus subordinados, os líderes devem preocupar-se com seu próprio aperfeiçoamento mudando de atitudes, estudando sempre, buscando a melhoria contínua e jamais se deixando acomodar, ou seja, achando que apenas o nível hierárquico em que se enquadra no organograma é o bastante para o seu sucesso. Permanecer na “zona de conforto” é um fator crucial para um líder tornar-se ultrapassado e perder suas verdadeiras características e a credibilidade perante a organização e seus colaboradores.
Ser líder de verdade é muito mais que ocupar um cargo de liderança. É dar exemplos para os demais através de alguns fatores, que descrevo abaixo:
* Ter otimismo – motivar seus funcionários com elogios, com ânimo e com incentivo aos desafios. Líderes que falam somente das dificuldades, dos problemas e das deficiências da empresa são aqueles que não querem o progresso de sua equipe, são inseguros, têm medo de serem superados e buscam apoiar-se em pontos fracos e/ou negativos da organização para justificar sua incapacidade de encorajar os outros. Apontar somente os problemas da organização em que se trabalha pode ser positivo se junto às críticas vierem idéias novas e soluções para sanar esses problemas, caso contrário, demonstra total desalinhamento do líder em relação à missão institucional, gerando desmotivação na equipe.
* Ter pontualidade – não somente no que diz respeito a horários, mas sim a cumprimento de prazos. Muitos líderes postergam a resolução de um problema ou a execução de uma tarefa com a idéia “Ninguém cumpre prazos”, mas se ninguém cumpre, seja o líder que cumpre e que tem um diferencial através da pontualidade de seus serviços, principalmente se estes forem necessários para o desenvolvimento do trabalho da equipe a qual lidera. O medo e a insegurança por parte do líder em se reportar ao seu superior são alguns dos fatores que levam ao adiamento da solução de problemas, início ou término de trabalhos.
* Executar tarefas – atualmente, fala-se muito em liderança serva. Assim, o verdadeiro líder também faz, e o futuro é daqueles que conseguem fazer muitas coisas ao mesmo tempo. O conceito de que líder apenas comanda, delega, supervisiona, toma decisões e tem idéias está tornando-se cada vez mais obsoleto, dando espaço à liderança que se unem aos funcionários criando sinergias, melhorando os relacionamentos, produzindo equipes mais eficiente e eficaz, promovendo a auto-realização e a realização dos demais.
* Participar de bons e maus momentos – toda equipe executa bons trabalhos, recebendo parabenizações, e alguns trabalhos não tão bons, recebendo críticas. O verdadeiro líder deve estar presente nos dois momentos, e assumir que quando ocorre uma falha, toda a equipe falhou inclusive ele. Nunca se deve culpar um único funcionário pelo erro. Assim como num momento de congratulações, toda a equipe deve receber, e não somente o líder.
* Valorizar seus funcionários – ninguém tem cargo de liderança se não existirem os liderados e estes são a razão da existência do líder. Dessa forma, os colaboradores devem ser tratados com seu real valor, a fim de gerar motivação e orgulho de fazer parte da equipe.
* Vestir a camisa da empresa – se o líder não está adequado aos objetivos nem à missão da empresa e tem consciência disso, ele não conseguirá apresentar qualquer das características/ações citadas acima. Ele estará nessa posição apenas para ocupar uma vaga, apenas pelo destaque que o cargo pode proporcionar. Para que o líder consiga ter essas características, ele deve estar de bem consigo mesmo e com a organização, deve se conscientizar de que a empresa apostou nele e que sua permanência depende tão e somente dele mesmo.
"Para ser um líder, você tem que fazer as pessoas quererem te seguir, e ninguém quer seguir alguém que não sabe onde está indo."
(Joe Namath)
Quando olhamos para as formas de aumentar nossos negócios, às vezes corremos para tipos de soluções rápidas. Nós olhamos para o negócio mais recente sobre o que é novo no mercado. Mas há uma coisa simples que você pode fazer hoje, que não custa um centavo, e que vai transformar totalmente seu negócio. Uma coisa, que se você fizer isso todos os dias, vão criar clientes leais e satisfeitos. E é tão simples, que as maiorias das pessoas pensam "sim, eu sei disso, mas tem que haver algo mais".  A valorização das pessoas.
As pessoas anseiam serem valorizadas acima de quase tudo, e ainda a maioria das empresas e negócios parecem fazer o contrário e mostrar como eles não valorizam seus clientes e parceiros. Os comentários não são retornados (mostrando que o tempo da pessoa é mais valioso do que o cliente), os clientes regulares não são lembrados, e as reclamações e críticas são vistas como sendo algo de errado com o cliente e não com seu negócio.
Se você olhar para qualquer estudo a única coisa que diferencia um negócio de sucesso de outro fracassado é a forma como valoriza seus clientes e parceiros. Valorizar as pessoas é uma vantagem competitiva desleal. Não apenas com palavras.
Valorizar um cliente não é algo que você coloca num mural e vai começar a acontecer. Isso requer uma mudança.É preciso não apenas falar mastigando as palavras, mas demonstrando através de suas ações como seus clientes são importantes para você.
Palavras como "os funcionários são nosso maior patrimônio" ou "o cliente sempre vem em primeiro lugar" é retórica vazia. Valorize as pessoas não com as palavras, mas com a ação.
As pessoas precisam ser valorizadas. Tudo que você precisa fazer é olhar para cada um dos seus negócios e estratégias de marketing e se perguntar: "Será que isto faz que as pessoas se sintam valorizadas". Se não, é hora de fazer uma mudança.

"É hora de amadurecer, não podemos mais viver num mundo novo com idéias velhas, se você tem a frente um time para liderar saiba que ser retrogrado jamais irá levá-lo a vitória e a conseguir o respeito de sua equipe."                                                                                  (Luís Alves).

Mais do que apenas atuar como uma equipe nas crises, as altas lideranças dentro das empresas devem trabalhar de forma colaborativa para aproveitar as oportunidades do momento. O mundo empresarial parece não ter mais dúvidas de que o atual cenário exige que se tenha, em qualquer arena, uma nova forma de pensar, novas pessoas, novos perfis e novas competências. E, dentro dessas novas formas de pensar, encontra-se a colaboração entre os líderes na busca de oportunidades. Muitos dirão que nas crises os líderes já são chamados e, que eles, em equipe, acabam apontando os caminhos das soluções. Se por um lado isso é correto, por outro, no dia-a-dia, os líderes, praticamente, não se conhecem, concentrando a sua ação no resultado imediato de sua unidade de negócio ou departamento, perdendo, assim, oportunidades mais globalizadas.

"A genialidade de um bom líder é deixar para trás uma situação com a qual o senso comum, sem a graça da genialidade, consegue lidar de forma bem sucedida."                                                            (Walter Lippmann)

Embora a maioria dos líderes considere o trabalho em equipe importante e invista para que tenha sob o seu comando um time de alta performance, eles mesmos têm uma enorme dificuldade, para, juntos, trabalharem dessa forma. Motivos não faltam. Afinal, eles foram e estão acostumados a decidir sozinhos, o que é coerente com a sua formação. Há tempos não lembram mais da disciplina requerida quando se atua num grupo de trabalho. Especialmente, se o time é formado por personalidades heterogêneas, como é a maioria dos casos. Assim, é factível concluir que quanto mais alta a hierarquia na quais os líderes se encontram, menos eles se sentem à vontade para trabalhar em equipe.

O trabalho em equipe é um malabarismo constante constante entre o interesse próprio e o interesse do grupo."                                                       (Susan Campbell)

Evidentemente, não estamos advogando que os líderes passem a se reunir para analisar, debater e decidir qualquer coisa. Num mundo em que o cenário está em constante mutação, pela interação de três grandes forças, a globalização, a tecnologia da informação e a consolidação industrial, as empresas precisam estar presentes em mais lugares, observar mais as diferenças regionais e culturais e, principalmente, integrar estratégias coerentes para diferentes mercados e comunidades.
Esta realidade exige três atributos-chave dos atuais líderes empresariais:

Primeiro, a imaginação para inovar. Ao encorajar a inovação, líderes eficazes ajudam a desenvolver novos conceitos, idéias, modelos e aplicações de tecnologia que fazem a organização se diferenciar.

Segundo, o profissionalismo do desempenho. Líderes provêm competência pessoal e organizacional, suportados por equipes treinadas e desenvolvidas, constantemente, e executando seu trabalho com perfeição, agregando valor aos fornecimentos dos clientes cada vez mais exigentes.

E, terceiro, a disposição para a colaboração. Líderes fazem conexões com parceiros, internas e externas, ampliando, assim, o alcance da organização e, em conseqüência, as possibilidades de sucesso com a captura de novas oportunidades e concretização de novos negócios.

"Uma vida de sucesso é feita de metas sucessivas, você tem que visualizar qual o proximo ponto que pode alcançar e passo a passo, meta a meta derrubar as barreiras, formar uma rede de relacionamentos e fortalecer seu espírito empreendedor, assim você vai longe...”.
                                                                                          (Luis Alves - líder coach)


Na prática, isso significa que os líderes devem procurar mudar a forma de abordagem, desenvolver novas habilidades, aplicar múltiplas disciplinas, realizando reais tarefas em conjunto, conhecer a si e aos outros líderes relacionados — próximos ou distantes — e alcançar o equilíbrio entre a liderança tradicional e a liderança colaborativa.

Esta é a forma para iniciar, desenvolver e sustentar um processo colaborativo construtivo e juntar as pessoas certas para criar visões e conquistar oportunidades.
Muitos executivos não conseguem mudar fundamentalmente o seu estilo. Entretanto, em vez de tentarem ser o que não são, deveriam aprender a atuar em diferentes papéis, estimulando e sendo estimulados, assim, para os reais esforços da equipe.  É primordial que os líderes relacionados saibam identificar quando se encontram numa situação de trabalho em grupo ou não, e, assim, aplicar a disciplina necessária, mesmo que isso signifique a necessidade de uma liderança externa ao grupo. Na liderança colaborativa não há uma autoridade formal entre os pares.

"Bons lideres fazem as pessoas sentir que elas estão no centro das coisas, e não na periferia. Cada um sente que ele ou ela faz a diferença para o sucesso da organização. Quando isso acontece, as pessoas se sentem centradas e isso dá sentido ao seu trabalho."                   (Warren bennis)

Este tipo de liderança é extremamente novo nas organizações mundiais, mas está se tornando cada vez mais importante por uma série de razões bem documentadas: a mudança das estruturas organizacionais hierárquicas para horizontais; estruturas organizacionais achatadas; a tecnologia da informação, que permite às pessoas se comunicar mais facilmente através das fronteiras; aumento da complexidade dos problemas das organizações que necessitam ser resolvidos diariamente e a economia global.
Não podemos forçar a colaboração, mas podemos esperá-la. As habilidades necessárias estão postas e precisam ser desenvolvidas. Apesar da velocidade com que os mais diferentes cenários vão mudando, para muitos líderes é necessário lembrar: “Você está devagar para ir rápido”.

Como consolidar uma equipe? Qual é a dica de ouro?   
Consolidar uma equipe Colaborativa e Comprometida tem a ver com gostar de pessoas. Um líder precisa gostar de gente, falar com gente, relacionar-se com gente! Em qualquer nível da empresa e da vida. Todo ser humano tem uma riqueza interior! Só temos que encontrá-la e ela geralmente não está na superfície.
Tem a ver com ser um líder mais amigável, que saiba conquistar as pessoas pro seu modo de pensar, saiba obter colaboração e comprometimento e ainda por cima, instigue seus liderados a transformar seus sonhos pessoais em metas claras e desafiadoras. Tem a ver com sair da zona de conforto para ampliá-la no que tange ao desenvolvimento pessoal e profissional.

"Nenhum de nós é tão inteligente quanto todos nós juntos.
                                                   (Warren Bennis Autor Norte-Americano)

Síntese Pós Jogos Cooperativos

“Não espere pela vontade de fazer algo positivo, inicie – o e sentirá vontade de continuar.”
(Zig Ziglar)

Falar em Jogos Cooperativos, é pensar em Trans- Formação em todos os sentidos. Isso é Fato! Pois é o que vem acontecendo comigo a partir do momento em que comecei a vivenciar isso na minha vida e na dos meus alunos, onde há dois anos trabalho só com os Jogos Cooperativos em uma Escola de Formação em Tempo Integral.
E nesse final de semana, pude vivenciar aquilo que Brotto (1999, p.20) chamou de ciclo de ensinagem, só que do outro lado, como aluna, pois estou sempre como facilitadora do jogo. E nessa oportunidade pude vivênciar, refletir em minhas ações cotidianas e melhora - las, pois muitos Jogos vivenciados eu já conhecia, pois apliquei com meus alunos e já tinha praticado no Curso que fiz com o Fabio no RJ ano passado, onde a sementinha foi plantada só esperando colher os frutos.  O mais engraçado que pude praticar esses jogos de uma nova maneira, com pessoas diferentes onde notei uma transformação ainda maior em mim. Pois a cooperação é um exercício, e, sendo um exercício, carece ser praticada sempre e em todo lugar, lembrando do processo do ciclo de ensinagem: AÇÃO è REFLEXÃO è AÇÃO MELHORADA.
O jogo cooperativo mudou a minha maneira de ver o mundo, principalmente dentro da escola, onde tudo gira em torno do melhor, melhor em notas, comportamento, o que se destaca nas aulas de Ed. Física e por aí vai. Cansei de ver aluno sentado nas aulas de ed. física por medo da rejeição sempre dava uma desculpa como: dor de cabeça, dor na coluna etc.
Segundo João Batista Freire “Concordo que o estudo, quanto o trabalho, é coisa séria. Coisa séria, não sisuda”.
E acredito que a cooperação consegue preencher essa lacuna.
Em minha prática busco sempre equilibrar o grupo para aprender a conviver, pois ainda vejo muito a discriminação entre séries e sexos, e o que é uma necessidade dos grupos que trabalho.
Dar a oportunidade de comentar o que sentiu, expor sua idéias e sugestões na roda é muito bacana e a pessoa sente – se importante, sem medo de errar ou de ser rejeitada. Todos são iguais, sem diferenças, sem o melhor ou pior, certo ou errado, e isso é lindo de se ver.
Eu reproduzi essa semana a brincadeira “Guardião das Jóias”, pois ela me possibilitou uma visão que ainda não tinha, quando o Fabio nos perguntou de quem foi o “papel” mais importante no jogo, e cada um deu sua opinião de acordo com o que achava ser o certo. E o Fabio nos mostrou o verdadeiro sentimento, de que todos os papeis são importantes. E na roda quando refleti percebi que ele realmente estava com a razão e fui além, pois tudo nessa vida o que fazemos o que somos são importantes. E nessa visão holística o que realmente é “REAL” é tudo aquilo que eu acredito.  E eu levei o jogo para minha escola e apliquei para meus educandos. O que aconteceu? Para minha surpresa aconteceu o mesmo, cada um disse que o importante era a “jóia”, outros disseram que era o “guardião” e comecei a mediar a situação perguntando o porquê e uma aluna disse que seria todos pois cada um dentro do jogo tem sua importância... achei o máximo!
Eu ainda me encontro extasiada com tudo que esse módulo me proporcionou, onde pude enxergar o outro como um amigo em potencial, a alegria, criatividade, solidariedade, e principalmente a confiança entre os participantes e em mim.
As vivências foram simples e motivantes, possível para todo o grupo. Mostrei quem realmente eu sou, me entreguei de corpo, alma e coração da forma mais intensa.
E essa intercomunicação de ideias fez com que o grupo buscasse involuntariamente uma socialização crescente, aprendendo assim a compartilhar e enxergar o mundo como um ambiente de inclusão, onde todos possam Ven-Ser e curtir uma felicidade comum onde passamos a dar valor as vitórias compartilhadas.
Essa frase que segundo Orlick (1989) define o que é cooperar, trago sempre comigo:
“A cooperação exige confiança porque, quando alguém escolhe cooperar, conscientemente coloca seu destino parcialmente nas mãos de outros.”
O alicerce da cooperação é a Confiança. Ela é a base para o começo de uma amizade.
E é isso, não sei se consegui colocar tudo que vivenciei e ainda continuo vivenciando que é essa magia que tem os Jogos Cooperativos.
Saí do modulo parecendo que tinha feito uma terapia, pois estamos tão ligados uns com os outros que quando um chora por qualquer que seja o motivo, dor, emoção, parece que sentimos junto o que o colega está passando e isso é muito bacana para um grupo que se conhece há tão pouco e ao mesmo tempo parece que já nos conhecíamos há anos.
O jogo nos proporciona essas vivências inesquecíveis que só nos fazem crescer como pessoas mais humanas, solidárias e colaborativas.
È por essas razões que me avalio em 9,0 porque tenho certeza que sou um ser aprendente em processo de construção e disposta a levar e a praticar a cooperação onde quer que eu vá.



A importância da Educação Física nos Anos Iniciais

Por: Carla Vasconcelos de Menezes
A totalidade do ser humano se diferencia no transcurso da evolução humana. A medida que se desenvolve o homem acentua suas predisposições e as influência do mundo circundante na estrutura holística do ser, e a Educação Física como participante deste processo tem como objetivo desenvolver e estimular o lado biológico do homem, suas aptidões corporais e sensoriais, concomitante com o lado emocional, oferecendo-lhe estímulos ao desenvolvimento em seu campo de ação (Padrão Referencial de Currículo, 1996).
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de 1997 (PCNs), o trabalho de Educação Física nas séries iniciais do Ensino Fundamental é importante, pois possibilita aos alunos terem desde cedo, a oportunidade de desenvolver habilidades corporais e de participar de atividades culturais, como jogos, esportes, lutas, ginásticas e danças, com a finalidade de lazer, expressão de sentimentos, afetos e emoções.
A área de Educação Física fundamenta-se nas concepções de corpo e movimento. Isto é, a natureza do trabalho desenvolvido nesta área tem íntima relação com a compreensão que se tem desses dois conceitos.
A Educação Física nos anos iniciais, segundo a Legislação, tem recebido sempre uma acentuação global do desenvolvimento integral da criança. De acordo com Rosamilha (1979) no Edital nº20 de 04/04/61, da cidade do Rio de Janeiro, tomamos o conhecimento de que:
“A Educação Física nas escolas primárias terá por fim [...] promover, por meio de atividades físicas adequadas, o desenvolvimento integral da criança, permitindo que cada uma atinja o máximo de sua capacidade física e mental, contribuindo na formação de sua personalidade e integração no meio social, [...]” (p.74).
Assim, percebe-se que a Educação Física desde décadas atrás tem como objetivo possibilitar prazer funcional, com base fundamental no movimento. Ela deve oportunizar ao educando a multiplicidade de suas possibilidades cinéticas, ampliando seu mundo disponível. Entretanto, algo mais que todos os exercícios físicos, ela é educação, pois através da seleção e ordenamento das atividades o educador busca cumprir seus objetivos educacionais.
Esta afirmação continua tão atual que os PCNs de 1997 nos colocam também, que a prática da Educação física na escola poderá favorecer a autonomia dos alunos para monitorar as próprias atividades, regulando o esforço, traçando metas, conhecendo as potencialidades e limitações, sabendo distinguir situações de trabalho corporal que podem ser prejudiciais a sua saúde. A iniciação precoce, a performance e o imediatismo desconsideram a individualidade de cada aluno, único em suas potencialidades e limitações. Os movimentos são estereotipados, gerando conformismo pela ausência do exercício da crítica e do espaço da criação.
“Em oposição a uma Educação Física mantenedora do “status quo” propõe-se uma ação onde o homem seja o agente ativo da construção de sua história pela sua ação consciente” (Padrão Referencial de Currículo, p.67)
Fazendo-se necessário que os profissionais de Educação Física conheçam o corpo teórico que sustenta a visão da Ciência, a conceituação específica do seu campo de conhecimento e valorizem o saber popular como parte do pensar e do fazer da Ciência, visto que
“(...) as respostas que o homem dá aos problemas do mundo da vida, ou do mundo e suas práticas, são, ao menos, tão racionais e são teóricas, como as suas indignações sobre a natureza do mundo físico.” (Padrão Referencial de Currículo, p. 102)
Propor ao aluno uma participação ativa no próprio aprendizado, a pesquisa em grupo, a experimentação e atividades que estimulem o questionamento e o raciocínio, contribuindo assim, no processo de resgate de uma Educação Física inserida no contexto escolar, como uma prática social, alicerçada na participação coletiva, que promova autonomia, criatividade e socialização, e não apenas como um componente, que desenvolve sua atividade fora da sala de aula.
A Educação Física permite que se vivencie diferentes práticas corporais advindas das mais diversas manifestações culturais que seja vista como uma variada combinação de influências onde é presente na vida cotidiana. A partir das danças, dos esportes, dos jogos que compõem um vasto patrimônio cultural que deve ser valorizado, conhecido e desfrutado.
Referências
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Educação Física. V.7. Brasília:1997.

Padrão Referencial de Currículo:1995-1998. Departamento Pedagógico/Divisão de Ensino Fundamental. Porto Alegre:1996.

Rosamilha, N. Psicologia do Jogo e Aprendizagem Infantil.
São Paulo:Livraria

Ser professor é saber ensinar?

A cada dia há uma nova aprendizagem em nossa vida. Ao ensinar a gente aprende e, com essa aprendizagem, a gente ensina melhor. Isso sempre se transforma num círculo contínuo e, o melhor, produtivo.

Nas diversas faculdades da vida aprende-se que o aluno vem até o professor no intuito de aprender e que o professor deve estar preparado para ensinar. Lá nos ensinam a seguir teorias das mais diversas, testadas ou não, aprovadas ou não, quem sabe? Mas todas elas trazidas de lugares dos mais diversos, de realidades diferente da nossa, onde os valores sócio-culturais, políticos, religiosos e os costumes não têm nada a ver com o nosso dia-a-dia. Sem perceber, muitas vezes utilizamos essa prática nefasta que anula ou, ao menos, confunde o conhecimento prévio do aluno. Ensinamos ao nosso aluno faminto a escrever “lasanha” e o pobre nem enche a boca de água, porque muitas vezes nem sabe o que é. Ensinamos, no bê-á-bá, o "a" de ameixa, o "b" de bola, "c" de caqui, "d" de... Danou-se! E o "f" de fada? Será que o professor acredita em contos de fada? Quando e onde esses pobres alunos viram uma ameixa, um caqui... Tem professor que ousa ensinar o "c" de caviá sem nem ele saber sequer de onde vem e muito menos o que é. Não seria mais fácil ensinar o "a" de abóbora, (o b de bola ainda vá lá), o "c" de caju, o "d" de dedo, o "e" de escola, "f" de família (está mais presente na vida deles do que o feijão e a fada, ainda que desestruturada). Não seria mais interessante um ensino regionalizado onde se valoriza o que o aluno conhece e está presente no seu cotidiano?

E se a aprendizagem deve acontecer naturalmente, sem imposições nem ritmo pré-estabelecido, por que não valorizar o conhecimento prévio desse aluno?

Não seria mais simples para o professor ensinar que lápis se escreve com l do que “o l de lasanha?” A não ser que eles (professor e alunos) levem os ingredientes e a receita e, juntos, com objetivos claros, bem definidos, botem, literalmente, a mão na massa e preparem uma. Isso daria uma aula e tanto. Usaria a matemática até na hora da degustação (seria necessário o milagre da multiplicação da lasanha, da adição ou subtração de algum ingrediente ou da divisão em partes iguais?). São nesses momentos que a interação professor-aluno deve tomar proporções gigantescas, uma vez que, assim, o professor pode demonstrar afetividade e respeito, mostrando ao aluno que, apesar de ser o professor, existe entre eles algo que os torna iguais: a condição humana de inacabados e em constante transformação.

Reconhecer esse fator é importante. Não dá para planejar uma aula sem se por nos dois lugares: o do professor e o do aluno. No mínimo se faz necessário que o professor se preocupe com o ponto de vista do aluno, com o seu conhecimento prévio e reconheça as suas limitações. Não se pode planejar uma aula de uma hora sem que se deixe espaço para as interações, para a exposição dos pontos de vista dos alunos, ainda que para muitos o exposto não faça sentido, deve-se ouvir e compreender que, se para o professor não faz sentido, talvez para esse aluno falte apenas um detalhe: a correção ou orientação do professor. Além disso, professor tem que ser psicoterapeuta. Deve saber cuidar do lado emocional do aluno, com sensibilidade, carinho e paciência. Faz-se necessário que ele tenha o mínimo de conhecimento psicológico para enfrentar seu ofício em sala de aula. Um dia um aluno lhe vem com um problema pessoal, outro com um problema de saúde, de relacionamento, financeiro (...) e o professor precisa estar preparado para enfrentar esses problemas. Ele é, muitas das vezes, a única pessoa que o aluno tem para se abrir, com quem imagina contar e esse professor não pode decepcioná-lo. Aconselhável é, nesses momentos, o uso da PEDAGOGIA DO AMOR, pois só a demonstração de afeto, carinho e respeito do professor, pode fazer o aluno sentir-se importante e capaz de transpor essas barreiras.

O verdadeiro professor é aquele que ajuda ao aluno a encontrar as respostas sem em nenhum momento mostrar onde essa resposta está. Deve ser criativo e capaz de ver no limão azedo a possibilidade de fazer uma limonada.

É importante saber que, dentro de sala e fora dela, o professor é alguém em quem o aluno se espelha, uma vez que este é (ou deveria ser) o seu mais concreto exemplo de sabedoria, de caráter e, por que não, de heroísmo. Exemplo disso é que toda criança um dia brinca de escolinha e todos eles sempre querem ser o professor. Quando a disputa acontece, sempre acaba nessa posição o mais velho, o maior da turma, alguém de destaque e desenvoltura. Isso não é uma forma de respeito? Por que será que eles nunca deixam esse posto para o mais bobo?
Isso provoca uma série de indagações.

Os mandamentos do bom professor de Educação Física

Caros professores: São muitos os desafios enfrentados no nosso dia a dia, e a nossa responsabilidade como professor é maior ainda. Mas existem diversos mandamentos que determinam a eficiência de um bom professor de Educação Física, elenco aqui alguns deles.
1 - CONFIE COMPLETAMENTE EM VOCÊ – tenha uma fé inabalável na sua habilidade de conseguir atingir seus objetivos e faça com que todos os seus alunos tenham um objetivo em comum;

2- ACREDITE NO SEU TRABALHOacredite que você tem nas suas mãos uma maneira de dar uma boa aula e poder mudar a vida de muitos alunos;

3- CAPACIDADE DE TRABALHAR EM EQUIPE – Para ter sucesso no trabalho, é fundamental saber trabalhar em equipe, tratar bem todos os professores e funcionários, eles poderão ser seus aliados.

4- VISUALIZE-SE COMO ALGUÉM DE SUCESSO – desenvolva sua autoimagem;

5- ACREDITE QUE SEUS ALUNOS VÃO ATINGIR TODOS OS OBJETIVOS DE SUA AULAdemonstre isso na sua aparência, voz e espírito para o aluno;

6- CURTE AS MUDANÇAS DO SEU DIA A DIA – o trabalho com os alunos não pode virar rotina, procure sempre alterar essa rotina;

7- PLANEJA SEMPRE O SEU TRABALHO, DEPOIS TRABALHE O QUE PLANEJOU – Dê importância ao planejamento. Ele é um fator determinante para o sucesso ou fracasso da sua aula;

8- SEJA SEMPRE ENTUSIÁSTICO EM TODAS AS AULAS – o entusiasmo pode fazer de uma aula “monótona” um verdadeiro sucesso, enquanto o desânimo pode afundar a aula mais motivante. Entusiasmo é fundamental.

9- SÃO OS ALUNOS QUE IMPORTAM - Devemos nos perguntar “O que espero que meus alunos aprendam hoje?” e não “O que eu vou fazer hoje?”

10 - O FOCO DURANTE UMA AULA NÃO É O PROFESSOR, MAS SIM O ALUNO - Orgulho sim, arrogância não;

11- ESTUDE OS ALUNOSÉ Importante conhecer o material didático, porém, é mais importante conhecer seus alunos;

12- SE VOCÊ QUER QUE ELES SE ARRISQUEM, OFEREÇA SEGURANÇA - Crie um pequeno ritual para o início de cada aula. A quadra é a sala de aula de Ed. Física e precisa ser um terreno do aluno e não esqueça de falar sempre dos exemplos e cultura que eles trazem para escola;

13- VULNERABILIDADE NÃO COMPROMETE A CREDIBILIDADE - Se você disser “eu não sei” isso não significa que a sua classe vai acreditar menos em você. Ao contrário, seus alunos irão te admirar ainda mais;

14- REPITA OS PONTOS IMPORTANTES - A primeira vez que você diz uma coisa, as pessoas escutam. “Se você fala uma segunda vez, as pessoas reconhecem aquilo; e se você fala uma terceira vez, elas aprendem.” (William H. Rastetter); - Faça isto, sem ser chato;

15– BONS EDUCADORES FAZEM BOAS PERGUNTAS – Faça perguntas que permitam maiores discussões sobre os temas: Porque isso funciona assim? Qual a razão dessa reação? E se fizéssemos de outra maneira?

16- ESCUTE MAIS DO QUE FALA - Fique atento aos sinais não escritos: olhares, movimentos, entre outros. -Escutar o que os seus alunos dizem, significa que você se importa com eles. Nem tudo é dito por palavras.

17- PERMITE QUE OS ALUNOS ENSINEM ENTRE SI - Realize com seus alunos pequenas atividades físicas, e peça que eles reflitam sobre ela e registrem essas atividades e entenda que o professor não é a única fonte de conhecimento da sala.

18 - E FINALMENTE: PAIXÃO E PROPÓSITO -O que faz a diferença entre um bom professor e um excelente professor é a paixão pelo ensinar.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Lição de vida!

OLIMPÍADAS ESPECIAIS
Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental ou física, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.
Todos, com exceção de um garoto, que tropeçou no asfalto, caiu rolando e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viraram e voltaram. Todos eles.
Uma das meninas, com síndrome de Down, ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse:
- Pronto, agora vai sarar.
E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.
O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos.
E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa história até hoje. Talvez os atletas tivessem necessidades especiais... Mas, com certeza, não eram deficientes na sensibilidade...
Por quê?
Porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida é mais do que ganhar sozinho.
O que importa nesta vida é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso...

Pensem nisso. E tenham dias diferentes.


Elogie do jeito certo!

Por Marcos Meier*

Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.

O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é
inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver
o quanto você é genial!”... e outros elogios à capacidade de cada
criança.

O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o
quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu
esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até
conseguir, muito bem!”... E outros elogios relacionados ao trabalho
realizado e não à criança em si.

Depois
dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à
primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram
obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem
qualquer tipo de conseqüência.

As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.

A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos
filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam
ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento
de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode
modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir,
eles não vão mais dizer que sou inteligente”. As “esforçadas” não
ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados
inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens
“médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua
capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.
No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos
filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam
respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos
saudáveis e construir amizades sólidas. Não se consegue nada disso por
meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que
sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com
elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.

Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou,
você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade
apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de
você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído
como algumas colegas fizeram... você é solidária”, “isso mesmo filho,
deixar seu primo brincar com seu video game foi muito legal, você é um
bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e
reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los. Isso não
é “tática” paterna, é incentivo real.

Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que
linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é
charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”. Elogios
como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais,
birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.

Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostram vigor, pois se alimentaram da terra fértil.
Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura
firme e carinhosa
.

* Marcos Meier é psicólogo, professor de Matemática e mestre em
Educação. Especialista
na teoria da Modificabilidade Estrutural
Cognitiva de Reuven Feuerstein, em Israel. Também conhecida como
teoria da Mediação da Aprendizagem