quarta-feira, 27 de julho de 2011

Síntese Pós Jogos Cooperativos

“Não espere pela vontade de fazer algo positivo, inicie – o e sentirá vontade de continuar.”
(Zig Ziglar)

Falar em Jogos Cooperativos, é pensar em Trans- Formação em todos os sentidos. Isso é Fato! Pois é o que vem acontecendo comigo a partir do momento em que comecei a vivenciar isso na minha vida e na dos meus alunos, onde há dois anos trabalho só com os Jogos Cooperativos em uma Escola de Formação em Tempo Integral.
E nesse final de semana, pude vivenciar aquilo que Brotto (1999, p.20) chamou de ciclo de ensinagem, só que do outro lado, como aluna, pois estou sempre como facilitadora do jogo. E nessa oportunidade pude vivênciar, refletir em minhas ações cotidianas e melhora - las, pois muitos Jogos vivenciados eu já conhecia, pois apliquei com meus alunos e já tinha praticado no Curso que fiz com o Fabio no RJ ano passado, onde a sementinha foi plantada só esperando colher os frutos.  O mais engraçado que pude praticar esses jogos de uma nova maneira, com pessoas diferentes onde notei uma transformação ainda maior em mim. Pois a cooperação é um exercício, e, sendo um exercício, carece ser praticada sempre e em todo lugar, lembrando do processo do ciclo de ensinagem: AÇÃO è REFLEXÃO è AÇÃO MELHORADA.
O jogo cooperativo mudou a minha maneira de ver o mundo, principalmente dentro da escola, onde tudo gira em torno do melhor, melhor em notas, comportamento, o que se destaca nas aulas de Ed. Física e por aí vai. Cansei de ver aluno sentado nas aulas de ed. física por medo da rejeição sempre dava uma desculpa como: dor de cabeça, dor na coluna etc.
Segundo João Batista Freire “Concordo que o estudo, quanto o trabalho, é coisa séria. Coisa séria, não sisuda”.
E acredito que a cooperação consegue preencher essa lacuna.
Em minha prática busco sempre equilibrar o grupo para aprender a conviver, pois ainda vejo muito a discriminação entre séries e sexos, e o que é uma necessidade dos grupos que trabalho.
Dar a oportunidade de comentar o que sentiu, expor sua idéias e sugestões na roda é muito bacana e a pessoa sente – se importante, sem medo de errar ou de ser rejeitada. Todos são iguais, sem diferenças, sem o melhor ou pior, certo ou errado, e isso é lindo de se ver.
Eu reproduzi essa semana a brincadeira “Guardião das Jóias”, pois ela me possibilitou uma visão que ainda não tinha, quando o Fabio nos perguntou de quem foi o “papel” mais importante no jogo, e cada um deu sua opinião de acordo com o que achava ser o certo. E o Fabio nos mostrou o verdadeiro sentimento, de que todos os papeis são importantes. E na roda quando refleti percebi que ele realmente estava com a razão e fui além, pois tudo nessa vida o que fazemos o que somos são importantes. E nessa visão holística o que realmente é “REAL” é tudo aquilo que eu acredito.  E eu levei o jogo para minha escola e apliquei para meus educandos. O que aconteceu? Para minha surpresa aconteceu o mesmo, cada um disse que o importante era a “jóia”, outros disseram que era o “guardião” e comecei a mediar a situação perguntando o porquê e uma aluna disse que seria todos pois cada um dentro do jogo tem sua importância... achei o máximo!
Eu ainda me encontro extasiada com tudo que esse módulo me proporcionou, onde pude enxergar o outro como um amigo em potencial, a alegria, criatividade, solidariedade, e principalmente a confiança entre os participantes e em mim.
As vivências foram simples e motivantes, possível para todo o grupo. Mostrei quem realmente eu sou, me entreguei de corpo, alma e coração da forma mais intensa.
E essa intercomunicação de ideias fez com que o grupo buscasse involuntariamente uma socialização crescente, aprendendo assim a compartilhar e enxergar o mundo como um ambiente de inclusão, onde todos possam Ven-Ser e curtir uma felicidade comum onde passamos a dar valor as vitórias compartilhadas.
Essa frase que segundo Orlick (1989) define o que é cooperar, trago sempre comigo:
“A cooperação exige confiança porque, quando alguém escolhe cooperar, conscientemente coloca seu destino parcialmente nas mãos de outros.”
O alicerce da cooperação é a Confiança. Ela é a base para o começo de uma amizade.
E é isso, não sei se consegui colocar tudo que vivenciei e ainda continuo vivenciando que é essa magia que tem os Jogos Cooperativos.
Saí do modulo parecendo que tinha feito uma terapia, pois estamos tão ligados uns com os outros que quando um chora por qualquer que seja o motivo, dor, emoção, parece que sentimos junto o que o colega está passando e isso é muito bacana para um grupo que se conhece há tão pouco e ao mesmo tempo parece que já nos conhecíamos há anos.
O jogo nos proporciona essas vivências inesquecíveis que só nos fazem crescer como pessoas mais humanas, solidárias e colaborativas.
È por essas razões que me avalio em 9,0 porque tenho certeza que sou um ser aprendente em processo de construção e disposta a levar e a praticar a cooperação onde quer que eu vá.



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