sábado, 23 de julho de 2011

Quando conheci os Jogos Cooperativos, há uns 5 anos, percebi que  eles representavam ferramentas interessantes que poderiam colaborar em meu trabalho, nas aulas de Educação Física. Entrando como co-adjuvantes, no processo de ensino - aprendizagem.
À medida que trabalhava com esses jogos, percebia o que Guillermo Brown quer dizer com a frase:
“Esses jogos são muito mais que jogos!"

Me apaixonei tanto que entrei na Pós de Jogos Cooperativos onde ainda estou cursando e que me faz crescer mais enquanto pessoa, percebendo que meus valores,  atitudes, pensamentos mudam ao mesmo tempo em que auxiliava pessoas a quebrar paradigmas em minhas atividades. Mas tive a colaboração dos educandos nesse processo em que me encontro, pois além de mostrar novas vivencias eu aprendo muito também a cada dia.
Quem trabalha com grupos sabe o quanto aprendemos com eles. E no que se referem aos Jogos Cooperativos, eles realmente transformam. Segundo Fábio Brotto: “Podemos vivenciar os Jogos Cooperativos como uma prática re-educativa, capaz de transformar nosso Condicionamento Competitivo em Alternativas Cooperativas para realizar desafios, solucionar problemas e harmonizar os conflitos”.

Nesse caminhar posso notar que quanto mais me envolvo com o a Pedagogia da Colaboração melhor focalizo um jogo e consequentemente os resultados também melhoram. Pois ainda estou em processo de construção.... e esse processo não tem fim!

Pois segundo Bronw, 2002, p. 25).
·                    A gente joga com os outros e não contra os outros.
·                    Joga para vencer desafios e obstáculos e não para derrotar os     outros.
·                    Busca a participação de todos.
·                    Dá importância a metas coletivas e não a metas individuais.
·                    Busca a criação e a contribuição de todos.
·                    Busca eliminar a agressão física contra os outros.
·                    Busca desenvolver as atitudes de empatia, cooperação, solidariedade e comunicação.

Se o Jogo Cooperativo está sendo utilizado como ferramenta de transformação e quebra de paradigmas é importante que quem o focaliza, esteja sim, muito envolvido com esse valor.

Na verdade, as pessoas que vivem e utilizam os Jogos Cooperativos passam a ter uma nova visão de si e do mundo. Segundo Fábio Brotto, os Jogos Cooperativos propõe um exercício de ampliação da visão sobre a realidade da vida refletida no jogo. Percebendo os diferentes estilos do jogo-vida é possível escolher com consciência o estilo mais adequado para cada momento. Nós jogamos de acordo com nosso jeito de ver-e-viver cada situação.

O ser humano age de acordo com suas crenças e valores. Ele vai responder ao meio que o cerca baseado em seus programas e condicionamentos internos. Segundo Brotto, teríamos 3 formas de ver (perceber) as situações da vida e portanto 3 formas de viver (agir) em nossa vida.
Confira na tabela abaixo, três Jeitos de ver-e-viver o jogo da vida.
Brotto, 2001 - Jogos Cooperativos - O Jogo e o Esporte como um Exercício de Convivência - pg.61
Portanto, um Jogo Cooperativo pode proporcionar muito mais do que imaginamos na vida de alguém. Quem o vivencia pode ter novas atitudes, trilhar novos caminhos e até conquistar uma nova vida, assim foi comigo.

Cooperação é uma forma de composição de uma sinfonia na qual cada nota tem sua posição distinta e sua tarefa de completar a visão de outras notas na criação da sinfonia".
(Saraydarian, 1990).

Referencias:
BROWN, Guillermo. Jogos Cooperativos: Teoria e Prática. 4ª ed. São Leopoldo, RS: Editora SINODAL, 2002.
SARAYDARIAN, Torkom. A Psicologia da Cooperação e Consciência Grupal. São Paulo: Editora AQUARIANA, 1990. 
Textos  "Entendendo os Jogos" da edição 5 do ano I da Revista Jogos Cooperativos.


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